terça-feira, 1 de outubro de 2013

6FORMAS!

6 formas de sua família e sua igreja local serem cooperadoras da Obra Missionária, tiradas do ministério do Apóstolo Paulo


Paulo sendo resgatado pela multidão - Gustave Doré
Paulo sendo resgatado pela multidão – Gustave Doré
Neste texto, apresentamos 6 formas de você e sua igreja local abençoar a obra missionária, extraídas de exemplos de pessoas, anônimas algumas vezes, que investiram na vida e no ministério do apóstolo Paulo. O texto foi escrito para você que ama a obra missionária, mas ainda não teve a plena convicção de ir definitivamente aos campos. Talvez porque o Senhor o esteja chamando para ser um cooperador da obra onde você está, das seguintes maneiras:
1) Orando pelos missionários
Não há nada mais necessário aos missionários que a oração por suas vidas, por sua família, por sua equipe e pelos frutos do trabalho. Não é à toa que o apóstolo Paulo frequentemente pedia às igrejas que orassem tanto por perseverança na tribulação, quanto pelos frutos do seu ministério. Para a igreja de Roma, ele ensina que através das orações dos irmãos, eles estariam unidos na mesma luta: “Recomendo-lhes, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que se unam a mim em minha luta, orando a Deus em meu favor.” (15.30). O pedido era por perseverança na perseguição, como pelos frutos do ministério: “Orem para que eu esteja livre dos descrentes da Judéia e que o meu serviço em Jerusalém seja aceitável aos santos” – 15.31.
Para a igreja de Corinto, o apóstolo informa a igreja de suas lutas, para que as orações sejam específicas: “Irmãos, não queremos que vocês desconheçam as tribulações que sofremos na província da Ásia, as quais foram muito além da nossa capacidade de suportar, a ponto de perdermos a esperança da própria vida.” (2Co.1.8). E reconhece que Deus lhe dará graça em resposta às orações da igreja: “Nele temos colocado a nossa esperança de que continuará a livrar-nos, enquanto vocês nos ajudam com as suas orações” (2Co.1.10-11a) e mostra que o fruto das orações da igreja gerarão glórias a Deus: “Assim muitos darão graças por nossa causa, pelo favor a nós concedido em resposta às orações de muitos” (2Co.1.11b). Em Filipenses, ele reconhece mais uma vez que suas vitórias são fruto das orações da igreja: “De fato, continuarei a alegrar-me, pois sei que o que me aconteceu resultará em minha libertação, graças às orações de vocês e ao auxílio do Espírito de Jesus Cristo” – Fp.1.18-19.
Já na carta aos Efésios, ele pede coragem para pregar: “Orem também por mim, para que, quando eu falar, seja-me dada a mensagem a fim de que, destemidamente, torne conhecido o mistério do evangelho” (Ef.6.19-20). À igreja de Colossos, mais uma vez confia que os resultados de sua pregação serão fruto da oração dos santos: “Orem também por nós, para que Deus abra uma porta para a nossa mensagem (…) Orem para que eu possa manifestá-lo abertamente, como me cumpre fazê-lo” – Cl.4.3-4.
Deste modo, o apóstolo, em suas cartas, insiste que tanto o livramento de suas tribulações, quanto o resultado de sua mensagem serão fruto da luta dos irmãos em oração: “Orem por nós, para que a palavra do Senhor se propague rapidamente e receba a honra merecida, como aconteceu entre vocês. Orem também para que sejamos libertos dos homens perversos e maus, pois a fé não é de todos” – 2Ts.3.1-2.
Procure conhecer as lutas e os desafios dos missionários. Peça a ele individualmente que compartilhe seus desafios mais profundos que não são expostos em suas circulares. Ore para que Deus amoleça o coração dos ímpios que ouvirão a Palavra, mas ore também pelo relacionamento da equipe dos missionários, e sobretudo, pela família, pela vida, pela saúde e vida espiritual do missionário. Os problemas no campo poderão cansar o missionário. Os problemas de equipe poderão fazê-lo mudar de campo. Mas os problemas na família, na saúde e na vida espiritual do missionário podem tirá-lo de vez do campo. Quanto precisamos de lutadores na oração pelos missionários!
2) Investindo em missionários
Num mundo cada vez mais materialista, consumista e com pessoas cada vez mais sofisticadas, pessoas e igrejas com o dom de investir em missões evidenciam ainda mais a graça de Deus. É através desta graça, canalizada por igrejas locais, famílias e indivíduos é que a Obra missionária tem prosperado ao redor do mundo.
Sabemos que o apóstolo Paulo não era um mercenário. Muito pelo contrário, quando precisou, abriu mão de seu devido sustento: “Se outros têm direito de ser sustentados por vocês, não o temos nós ainda mais? Mas nós nunca usamos desse direito. Pelo contrário, suportamos tudo para não colocar obstáculo algum ao evangelho de Cristo” (1Co.9.12). No entanto, quando ele precisa falar sobre o assunto, ele não se constrange.
Para os Romanos, ele resolveu escrever a sua obra-prima teológica com o propósito de “colher algum fruto entre vocês, assim como tenho colhido entre os demais gentios” (Rm.1.13). É curioso o jogo de palavras que ele faz. O investimento financeiro, que ele pede, no versículo 13, redundará na pregação do Evangelho “a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes” (Rm.1.14) dos quais ele é “devedor”. As igrejas investem em Paulo, para que ele pague a sua dívida do Evangelho entre os gentios. No capítulo 15, versículo 24, ele ainda deixa claro que o investimento em missões, muito além de uma necessidade do missionário, é uma “oportunidade”: “Espero visitá-los de passagem e dar-lhes a oportunidade de me ajudar em minha viagem para lá”. Aos Filipenses, Paulo usa uma linguagem bancária e expande a ideia da “oportunidade”: “Não que eu esteja procurando ofertas, mas o que pode ser creditado na conta de vocês” (Fp.4.17). Ou seja, o missionário está saindo para o mundo sanar sua dívida do evangelho com o campo, e as igrejas que investem neste missionário, receberão os “lucros” dele em sua “conta espiritual” de ações de graças a Deus.
Assim, não apenas a igreja local, mas famílias e indivíduos, busquem o dom da generosidade e invista em missões, este investimento sem risco, com lucros garantidos. Invista sistematicamente, com fidelidade, e esporadicamente, com generosidade. E não apenas dinheiro, mas também com recursos para o seu ministério, tal como viagens, Bíblias, literatura, construções etc.
3) Visitando missionários
Um dos grandes desafios do campo missionário é a solidão e a saudade. Uma visita a um missionário no campo é uma demonstração do amor de Deus através da Igreja.
Ainda na carta aos Romanos, Paulo escreve sobre uma mulher chamada Febe, “serva da igreja de Cencréia”  que “tem sido um grande auxílio para muita gente, inclusive para mim” (16.1). Esta é uma demonstração de uma serva do Senhor que, momentaneamente,  auxiliou Paulo no campo.
Aos Coríntios, Paulo escreve sobre Estéfana, Fortunato e Acaico, “porque eles supriram o que estava faltando da parte de vocês. Eles trouxeram alívio ao meu espírito, e ao de vocês também. Valorizem homens como estes” (1Co.16.17-18). Aos Filipenses, ele cita Evódia e Síntique, que “lutaram ao meu lado na causa do evangelho, com Clemente e meus demais cooperadores. Os seus nomes estão no livro da vida” (Fp.4.3). Em um dos episódios mais comoventes de Atos, Paulo, não podendo ir até Éfeso, manda chamar os presbíteros da Igreja: “De Mileto, Paulo mandou chamar os presbíteros da igreja de Éfeso. Quando chegaram, ele lhes disse” (At.20.17-18) e ele dá uma palavra apaixonada na sua despedida: “Tendo dito isso, ajoelhou-se com todos eles e orou. Todos choraram muito e, abraçando-o, o beijavam. O que mais os entristeceu foi a declaração de que nunca mais veriam a sua face. Então o acompanharam até o navio” (Atos 20.36-38). Estes presbíteros nos dão uma grande lição sobre o cuidado do missionário.
Finalmente, no fim da vida, Paulo está na prisão abandonado, que é quando o Apóstolo demonstra a necessidade de companhia e a dor do abandono: “Procure vir logo ao meu encontro, pois Demas, amando este mundo, abandonou-me e foi para Tessalônica. Crescente foi para a Galácia, e Tito, para a Dalmácia.
Só Lucas está comigo. Traga Marcos com você, porque ele me é útil para o ministério. Enviei Tíquico a Éfeso. Quando você vier, traga a capa que deixei na casa de Carpo, em Trôade, e os meus livros, especialmente os pergaminhos (…) Na minha primeira defesa, ninguém apareceu para me apoiar; todos me abandonaram. Que isso não lhes cobrado. Mas o Senhor permaneceu ao meu lado e me deu forças, para que por mim a mensagem fosse plenamente proclamada, e todos os gentios a ouvissem. E eu fui libertado da boca do leão” – 2Tm.4.9-17.
Visite missionários. Além de você mesmo ser grandemente abençoado pelo testemunho de suas vidas, você pode abençoar grandemente a vida das famílias. Separe umas férias, algumas semanas. Prepare um curso para auxiliá-lo no campo, leve literatura, histórias para crianças; se programe para levar a mocidade da igreja etc. Todos serão ricamente abençoados!
4) Hospedando missionários
Quando o missionário volta do campo, seja em férias, seja em período de levantamento de parceiros, ele está, de certa forma, deslocado: sem casa, móveis, muitas vezes sem carro, etc. Como é bom para o missionário desfrutar de uma hospitalidade amável!
Tantas vezes, ao visitar as igrejas, o apóstolo Paulo é servido da hospitalidade dos irmãos. O apóstolo João, em sua terceira carta, escreve: “Eles falaram à igreja a respeito deste seu amor. Você fará bem se os encaminhar em sua viagem de modo agradável a Deus, pois foi por causa do Nome que eles saíram, sem receber ajuda alguma dos gentios. É, pois, nosso dever receber com hospitalidade a irmãos como esses, para que nos tornemos cooperadores em favor da verdade” (3Jo.1.6-8). Certamente, ele estava pensando nas palavras do seu Mestre Jesus: “Na cidade ou povoado em que entrarem, procurem alguém digno de recebê-los, e fiquem em sua casa até partirem. Ao entrarem na casa, saúdem-na. Se a casa for digna, que a paz de vocês repouse sobre ela; se não for, que a paz retorne para vocês” (Mt.10.11-13). A casa que recebe missionários tem que ser digna, e será abençoada com a paz do Senhor.
O apóstolo, por muito tempo, desfrutou da hospitalidade de Priscila e Áquila: “Depois disso Paulo saiu de Atenas e foi para Corinto. Ali, encontrou um judeu chamado Áqüila, natural do Ponto, que havia chegado recentemente da Itália com Priscila, sua mulher (…) Paulo foi vê-los e, uma vez que tinham a mesma profissão, ficou morando e trabalhando com eles, pois eram fabricantes de tendas.” (At.18.1-3). A estadia do apóstolo foi tão impactante, que o casal acabou se tornando companheiro de viagem de Paulo: “Paulo permaneceu em Corinto por algum tempo. Depois despediu-se dos irmãos e navegou para a Síria, acompanhado de Priscila e Áqüila” – At.18.18.
Receba missionários em sua casa, mas também em sua igreja. Chame-os para compartilhar do que Deus tem feito. Além do mais, a igreja está cheia de famílias de Deus que se agradam em oferecer viagens especiais para o descanso do missionário, ou casas no campo, ou casas em lugares amenos em que possam desfrutar de descanso. Este serviço também é hospitalidade e recebe a paz do Senhor.
5) Encorajando missionários
Você pode orar por missionários, investir em missionários, visitar missionários e receber missionários mas não ter, necessariamente, encorajado a família. Não perca a oportunidade de fazer isso. O missionário, num trabalho extraordinário e sobrenatural, como é o trabalho missionário, constantemente é acometido de desânimo, que pode ser um abismo que chama outro abismo.
O apóstolo Paulo, algumas vezes, precisou ser encorajado diretamente pelo Senhor, como em: “Certa noite o Senhor falou a Paulo em visão: “Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade” (At.18.9-10). Mas, contantemente, o Senhor o encorajava por intermédio da Igreja: “Anseio vê-los, a fim de compartilhar com vocês algum dom espiritual, para fortalecê-los, isto é, para que eu e vocês sejamos mutuamente encorajados pela fé.” (Rm.1.11-12). E através de irmãos da igreja, como em 1Co.16.17-18: “Alegrei-me com a vinda de Estéfanas, Fortunato e Acaico, porque eles supriram o que estava faltando da parte de vocês. Eles trouxeram alívio ao meu espírito, e ao de vocês também. Valorizem homens como estes” (1Co.16.17-18) e em Fm.1.7: “Seu amor me tem dado grande alegria e consolação, porque você, irmão, tem reanimado o coração dos santos” Fm.1.7.
Você pode fortalecer nossos missionários no campo, os auxiliando a revigorar o espírito e assim produzir a obra do Senhor. Há várias maneiras além das outras já citadas acima. Você pode responder suas circulares, escrever a eles carinhosamente quando se passa um longo tempo entre elas. Você pode mandar livros, presentes para os filhos, se lembrar dos aniversários, mandar pregações em vídeo etc. Quando um missionário recebe um encorajamento da igreja, é como se Deus o estivesse falando: “Não fui eu que lhe ordenei? Seja forte e corajoso! Não se apavore, nem se desanime, pois o Senhor, o seu Deus, estará com você por onde você andar” – Js.1.9.
6) Investindo em vocacionados
Uma área pouco lembrada no serviço à obra missionária, mas de grande importância, é o cuidado com o vocacionado. Talvez a grande defasagem de missionários no campo não seja por serem poucos os vocacionados, mas por estes vocacionados estarem em igrejas que não os apóia.
Quando o apóstolo Paulo se converteu e começou a pregar em Damasco, teve que logo fugir de lá escondido. Então foi para Jerusalém, para se encontrar com a Igreja, “mas todos estavam com medo dele, não acreditando que fosse realmente um discípulo” (At.9.26). A igreja não acreditou no seu chamado! Foi então que surgiu a figura do Barnabé pela primeira vez na vida do missionário. Ele acreditou no chamado dele, e o apresentou aos apóstolos. Mesmo assim, Paulo foi impedido de pregar o evangelho em Jerusalém, e “os irmãos o levaram para Cesaréia e o enviaram para Tarso” (At.9.30). Paulo voltou para a “casa da mamãe”, onde teria seu ministério enterrado, não fosse Barnabé, mais uma vez, investir em Paulo: “Então Barnabé foi a Tarso procurar Saulo e, quando o encontrou, o levou para Antioquia. Assim, durante um ano inteiro Barnabé e Saulo se reuniram com a igreja e ensinaram a muitos” (At. 11.25-26). Você já imaginou se Barnabé, como os outros apóstolos, não tivesse investido na vida deste homem?
O preparo do missionário é longo e muito dispendioso. Quantos vocacionados não estão nas igrejas sem que ninguém os apóie, olhando de um lado para o outro uma maneira de serem enviados? “E como pregarão, se não forem enviados?” (Rm.10.15). Quem sabe Deus não o está chamando para ser um Barnabé na vida de missionários, e indiretamente ser instrumento de Deus na vida de muitos povos?
Ore ao Senhor e peça a direção e a convicção para investir a sua própria vida, a de sua família, e de sua igreja local, na cooperação da Obra missionária.
Fonte blog : imagem e semelhança 

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A Base Bíblica de Missões em Gênesis 1.1


“No princípio, criou Deus os céus e a terra.” Gn 1.1

1. Perguntas:

Começaremos a nossa abordagem perguntando: Deus existe? Se sim, qual a natureza de Deus? Como o mundo começou e qual o seu propósito?

2. Definindo alguns termos de Gn 1.1:

O título hebraico do livro “Gênesis” deriva de suas palavras iniciais (bereshith – “no princípio”). Por todo o livro, observa-se que a finalidade é abordar “princípios”. Em Gn 1.1 não há razão para que se situe uma data para a criação do mundo ou do universo. “No princípio” não se refere ao princípio da eternidade, mas da criação do mundo. Este texto pode ser traduzido assim: “No começo, quando Deus criou os céus e terra”, ou “Quando Deus começou a criar os céus e a terra” (Bíblia de Estudo Nova Tradução na Linguagem de Hoje). A palavra “criou” é um verbo que no hebraico sempre tem Deus como sujeito, ou seja, criar é algo que somente Deus faz (v. 27; 5.1; Dt 4.32; Is 45.2; 65.17; 66.22). Aqui Deus criou “os céus e a terra”. Era assim que os hebreus falavam sobre o Universo, isto é, sobre todas as coisas (Gn 2.1,4; Ap 4.11). A expressão “criou Deus” não é uma tentativa de Moisés, o autor do livro, provar ou defender a existência de Deus. O autor parte do princípio, subtendido, de que Deus existe.

3. O que Gn 1.1 nos ensina sobre Deus?

1. Deus é o criador de todas as coisas. Ou seja, Ele é o autor de tudo. 
2. Deus existe até mesmo antes da fundação do mundo. Ou seja, Deus é eterno.
3. Deus é transcendente. Ou seja, Ele não pode ser confundido com a criação. A Bíblia nega o panteísmo e o panenteísmo (panteísmo significa literalmente que tudo (“pan”) é Deus (“teísmo”), o panenteísmo significa “tudo em Deus”).
4. Deus é uma pessoa. Ele não é uma energia ou poder, mas uma pessoa. Ele também se dá a conhecer. Deus também é imanente.
5. Deus é o único Deus verdadeiro. Gênesis nega o politeísmo (crença em vários deuses). Os outros deuses são demônios e não devem ser adorados (ver Dt 32.16-18).
6. Toda adoração e obediência devem ser exclusivas ao único Deus verdadeiro. Deus requer exclusividade.

4. A Base Bíblica de Missões em Gn 1.1:
A base bíblica de missões tem seu início no princípio de tudo. Esta é a primeira verdade missiológica que encontramos nas Escrituras. A história da salvação não é algo imprevisto, como se Deus tivesse sido pego de surpresa. Pelo contrário, há uma linha reveladora da parte de Deus, desde o início, em Gênesis, que demonstra ser o plano missionário concebido ainda nos primórdios da criação.
Para Timóteo Carriker a existência de toda a Bíblia é a primeira evidência de que Deus tem uma missão, um propósito salvífico para este mundo. Ele não é um Deus abstrato, mas é o Deus que age no nosso meio, que se revela por si mesmo a nós e que tem uma finalidade para sua criação. Se a origem da missão está em Deus - “no princípio criou Deus...” - seu fim está no alcance universal da sua misericórdia e graça – “a graça do Senhor Jesus seja com todos” (Apocalipse 22.21). E este propósito restaurador da missão tem uma dimensão universal. Se Deus é o principal agente ou sujeito da missão, e a restauração o seu conteúdo, então seu alcance abrange a criação toda. Este é o lugar onde a missão se desdobra, o mundo, e o seu processo se realiza na história deste mundo. 
Os missionários têm sido constantemente acusados de estarem levando um Deus estrangeiro aos outros povos, quando na verdade, o Deus criador é um Deus universal. 
Carriker afirma ainda que o primeiro versículo da Bíblia realça a magnitude da preocupação de Deus e, por imediato, a arena de missões: “os céus e a terra”. O mundo inteiro está dentro da esfera do interesse de Deus. Sua preocupação é primariamente universal. Antes de ser o Deus de Israel ele já era o Deus do Universo. E antes de ser o Deus da Igreja é o Senhor de tudo e de todos. O próprio título “Senhor” traduz a palavra hebraica composta Adonai (Adon = Senhor ou Mestre; ái = tudo ou absoluto). Desse modo, Gn 1.1 revela que, como Senhor de todas as coisas, o alvo de Deus desde a criação é o mundo inteiro. Deus se propõe a restaurar aquilo que criou. Sua missão é uma missão para a criação. Não é por acaso que a revelação escrita que descreve a missão de Deus começa com a criação dos céus e da terra e termina com a restauração dos mesmos num novo céu e nova terra. O homem não só é guardião do seu próximo, mas mordomo da própria criação. Através do julgamento do dilúvio, não só parte da raça humana é salva, mas também parte representativa da criação toda. As leis da aliança detalham as dimensões religiosas, sociais e ecológicas da fé e da obediência do povo de Deus, provendo instruções para o bem-estar de toda a criação e toda a vida, em todas as suas múltiplas dimensões. Os salmos e hinos no Velho Testamento incluem os louvores não só do povo de Deus, mas também da própria natureza; e a era vindoura de salvação só pode incluir a expectativa de restauração não só de Israel e das nações, mas da criação toda (Isaías 43.18-21; 65.17-25).
Segundo J. H. Bavinck, Gn 1.1 constitui-se a base da Grande Comissão dada nos Evangelhos (Mt 28.18-20; Mc 16.15,16; Lc 24.46-49 e Jo 20.21,22) e também no livro histórico neo-testamentário (Atos 1.8). Sem Gn 1.1 não haveria Mt 28.18-20. O Deus/Missionário que enviou (A palavra missão vem do latim missio que significa enviar. Em grego têm-se duas palavras para envio, onde ocorre 210 vezes no Novo Testamento: apostello e pempo) o seu Único Filho, Jesus, para salvar os perdidos é o mesmo que criou os céus e a terra e todos os povos/etnias do mundo. O Deus criador é o mesmo que governa e controla todas as coisas e exige adoração exclusiva de todas as nações. Este é o propósito das missões – levar todos os povos a adorar a Deus.
Portanto, o Deus criador é o Deus de todos os povos e não a divindade particular de um determinado grupo. O Deus criador é o Deus de missões. Ele não abandonou sua criação após tê-la criado, como afirmam erroneamente os deístas. Deus nos amou tanto que nos enviou o desejado das nações: Jesus, o Salvador de todos os povos e tribos. O fato é que desde o início Deus mantinha seus olhos em todo o mundo. 

Nos laços do Calvário que nos une


Por : Luciano Paes Landim.

quarta-feira, 12 de junho de 2013

SER MISSIONÁRIO.....



 

SER MISSIONÁRIO E experimentar o gosto de sentimentos opostos,
é estampar no rosto a serenidade q tranquiliza o aflito e deixar rolar a lágrima q substitui o grito;é sorrir, chorar, se
solidarizar.
SER MISSIONÁRIO é viver momento de glória, aplausos de reconhecimentos, é viver momentos de desprezo, de críticas, de humilhação de
esquecimentos;e sentir a dor DA CRUZ E DO ESPINHO;
é ver escorrer... o sangue e prosseguir na jornada sabendo que e longa.
SER MISSIONÁRIO é sentir o peso da
responsabilidade; é fazer da alegria alheia a sua própria felicidade;é ouvir cada um em suas ansiedades e necessidade nem sempre ter alguém
para compartilhar suas necessidades.
É ser amigo[a],é ter o poder de influenciar uma multidão e saber experimentar o gosto da solidão.
SER MISSIONÁRIO [a] é não ter palavras em algumas situações; é emprestar os ombros amigos e muitas verses não te um para vc chorar ou te consolar, e jogando as sementes ao campos chorando e sorrindo ao mesmo tempo sabendo que no tempo certo a colheita virar, SER MISSIONÁRIO e muitas das vezes não ser compreendido e ter que compreende a todos, SER MISSIONÁRIO e saber o preço do amor, do sacrifico e da renuncia pelo seu chamado e as almas que estão ao seu redor, e sabe que tudo copeira para o bem daqueles que ama ao SENHOR e sabe que aquele que te chamou e fiel pra compre cada promessa não em porta o tempo ou de que forma vai ser comprida ser debaixo de lagrimas ou aplausos na alegria ou na dor sempre louvando ao senhor SABENDO QUE OS QUE SEMEIA EM LAGRIMAS SEGARÃO COM ALEGRIA PORQUE A ALEGRIA DO SENHOR E NOSSA FORÇA ( QUE DEUS VOS ABENÇOE A TODOS OS MISSIONÁRIO QUE JÁ ESTÃO NO CAMPO E OS QUE VÃO PARA OS CAMPO....)

Missionários não são só mão de obra, mas também humanos. Missionários não tem só relatórios de atividades do campo, mas também relatório da vida. Missionários tem sentimentos, emoções, passa por angustias, tristezas, alegrias, enfermidades, decepções, desanimo, desamparo humano... uma coisa eu estou seguro: Nunca, nunca serei abandonado pelo meu Deus. Ele é minha alegria, minha Força, meu amparo, Aquele que me valoriza antes do meu trabalho para Ele.